Banco Pan (BPAN4) pode valorizar 40% na bolsa, afirma BofA
O Banco Pan (BPAN4) pode se valorizar em até 40% na bolsa e está “bem posicionado” para impulsionar lucros surfando a onda dos bancos digitais. Esta é a avaliação do Bank of America, que iniciou a cobertura das ações do banco na bolsa. A primeira análise veio com recomendação de “compra” e preço-alvo de R$ 11.
Na visão dos analistas do BofA, apesar de negociar em um múltiplo de preço sobre lucro (P/L) abaixo dos bancos digitais, a estratégia de crescimento do Banco Pan faz com que “os prêmios de risco” pela ação “sejam merecidos”. Os especialistas do banco de investimentos norte-americano também apontam que o desconto sobre bancos digitais “parece excessivo”, levando à recomendação dos papéis do Pan.
As oportunidades para o Banco Pan (BPAN4) segundo o BofA
De acordo com o time de análise, a principal via de crescimento de lucro do Banco Pan é o crédito ao consumidor. “A maioria dos empréstimos ainda é realizada por terceiros, enquanto o Banco Pan é visto como uma instituição que atua principalmente nesse segmento”, destacam os analistas ao apontar que 25% da despesa operacional da empresa em 2022 se originou com comissões.
Para contornar o problema, o Banco Pan está se movimentando, diz o BofA. A companhia quer expandir sua base de clientes para alcançar brasileiros de renda mais alta.
Além disso, a empresa planeja fidelizar ainda mais correntistas para se tornar a primeira opção de banco digital entre sua base de usuários, impulsionando a venda entre produtos, ou cross-selling.
Outro destaque que o BofA aponta em seu relatório, o primeiro sobre as ações PN (BPAN4) do Pan, são as recentes aquisições de Mosaico (2022) e Mobiauto (2021). O banco afirma que ambas foram chave para “incrementar receita com tarifas e serviços e diversificar seus custos, se desprendendo de sua fonte de receita original de crédito”.
Retorno sobre patrimônio deve subir para 17% em 2026
Por fim, o Banco Pan (BPAN4) deve melhorar seu ROE, ou retorno sobre patrimônio, de 11,5% em 2022 para 17,6% em 2026.
Os principais meios para chegar a este resultado conforme o BofA:
- Maior apetite por risco de crédito levando a um crescimento de dois dígitos na carteira de crédito entre 2024 e 2026
- Melhora na margem de juros de empréstimos, com menor custo operacional
- Alta de 14% na receita com tarifas e serviços
- Incremento da operação e menor dependência de intermediários de crédito
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